Obra:
Duplicação da Rodovia Tamoios
Local:
Entre as cidades de Caraguatatuba e Paraibuna
Cliente:
Construtora Queiroz Galvão
Imagem 1: Planta da obra (fonte: Construtora Queiroz Galvão)
A duplicação do trecho de serra da Rodovia dos Tamoios, que liga o Vale do Paraíba ao litoral paulista, é um dos mais complexos projetos de engenharia em realização no Brasil, realizada pela Concessionária Tamoios (www.concessionariatamoios.com.br) e executada pela Construtora Queiroz Galvão (https://construtoraqueirozgalvao.com.br). Com previsão para ser concluída em início 2022, a obra abrange 21,52 quilômetros de novas pistas construídas entre as cidades de Caraguatatuba e Paraibuna, com um trecho de 12,6 km com cinco túneis, sendo o mais extenso deles de 5.555 m, além de 11 obras de arte especiais – a maior delas com 920 m de extensão.
Desafios:
A obra concentra inúmeros desafios, entre eles a preservação do Parque Estadual da Serra do Mar, uma das mais importantes unidades de conservação brasileiras da Mata Atlântica. Engenharia e tecnologia são as respostas para essa construção, que resultará em uma viagem mais segura e confortável para os mais de 25 milhões de usuários que passam pela rodovia durante o ano.
Iniciamos a fase da viabilidade técnica em sinergia junto ao cliente, a Construtora Queiroz Galvão desenvolvendo em conjunto soluções para as mais complexas situações.
Soluções:
A Mills Solaris participou desde o início da obra em 2015, com inovações e soluções de engenharia que proporcionaram maior produtividade e eficiência à obra. Na fase da execução dos pilares, o uso de Plataformas Cremalheira com o sistema de formas metálicas SL-2000, que são leves e versáteis, que eliminou a necessidade de gruas e/ou guindastes, para a movimentação das formas a cada etapa, otimizando o custo e prazo da obra.
Imagem 2: Foto da solução da cremalheira cedida pela Construtora Queiroz Galvão
Um dos grandes desafios da obra, foram as execuções das aduelas de disparos (aduela 0), que devido ao terreno sinuoso, no trecho de serra, e condições de apoio precárias, não era possível apoiar o escoramento diretamente no solo, a solução encontrada pela Mills Solaris foi um cimbramento aéreo, para realização de um escoramento suspenso, para concretagem da aduela de disparo. A solução deu uma maior produtividade já que o escoramento suspenso, eliminou a necessidade de montar e desmontar escoramentos convencionais com torres de aproximadamente 25 metros de altura.
Imagem 3: Fotos do cimbramento aéreo cedidas pela Construtora Queiroz Galvão
Envolvendo grande esforço de engenharia, foi indicado um console metálico para apoiar a treliça Mills Solaris M340, transmitindo os esforços solicitantes diretamente ao pilar, ao invés de transmitir ao solo, conforme solução convencional com torres. Apoiados em nossas treliças, utilizou-se o sistema Alumills, otimizando a montagem e o projeto, uma vez que o equipamento consegue suportar cargas elevadas, atendendo à proposta de uma grande primeira etapa de concretagem da aduela de disparo, reduzindo consideravelmente o prazo de execução dessa etapa da obra.
Imagem 4: Projeto de escoramento suspenso e aduela de disparo
Para acesso dos colaboradores abaixo do viaduto, foi montado com o auxílio do Cable Crane (teleférico de com capacidade de carga de 20 toneladas), uma passarela utilizando a eficiente e segura treliça M150 da Mills Solaris, com um vão de até 33 metros, e torres de Alumills chegando até 14 metros de altura.
Imagem 5: Projeto da passarela de acesso
Para minimizar o impacto ambiental, foi desenvolvida uma passarela de acesso, que passa por um vale de aproximadamente 30 metros de altura, com a distância entre vãos de aproximadamente 63 metros. As torres de apoio foram formadas pelo sistema composto por torres de alumínio denominadas Alumills, que traz agilidade na montagem, leveza e elevada capacidade de carga, com alto índice de produtividade na montagem e desmontagem.
Imagem 6: Fotos da passarela de acesso 2
Na fase de projetos, alguns desafios foram a rampa/inclinação entre as passarelas, o grande vão entre os apoios e grande limitação para os apoios das torres centrais, evidenciados no projeto abaixo:
Imagem 7: Projeto da passarela de acesso 2
A maior dificuldade para execução da passarela, foram as bases das torres, que tinham dimensões limitadas a 7×7 metros cada uma, por consequência os estais de contraventamento da torre possuíam um ângulo pouco favorável. Foi realizado um modelo estrutural exclusivo para o cálculo desta solução, para verificar os esforços do estais e a estabilidade global das torres, frente as forças de vento.
Imagem 8: Modelo de cálculo da torre passarela de acesso 2
A preservação da Mata Atlântica na qual está inserida está robusta obra é, de novo, ponto da combinação de tecnologia e da engenharia. O Cable Crane, da LCS Cable Crane, utilizado pela primeira vez em solo brasileiro, foi a solução de preservação do equivalente a cinco campos de futebol de mata uma redução de aproximadamente 40.000 m² de supressão vegetal para execução da OAE. O teleférico foi utilizado na construção do viaduto de 300 metros, como em todo processo de escavação do emboque e o túnel mais extenso do empreendimento.
Imagem 9: Cable Crane (fonte: Construtora Queiroz Galvão)
Um grande desafio é construído por vários desafios diários, realizados por pessoas que se dedicaram ao projeto. Apenas com relações construídas com uma confiança consistente e capacitação é possível juntos atingirmos nossos objetivos em um projeto deste porte. Sem todo o alinhamento e parceria com a Construtora Queiroz Galvão, nossos colaboradores das áreas de Logística, Operações, Comercial, Projetos, Engenharia e também a toda a equipe de BackOffice, sem o esforço de cada pessoa, não conseguiríamos alcançar este resultado.
Um caminho de sucesso é evidenciado através de capítulos como estes, nossa equipe tem orgulho e gratidão de participar de mais este importante projeto para a infraestrutura nacional.
Créditos: Construtora Queiroz Galvão e Concessionária Tamoios