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Mitos e verdades sobre impermeabilização

Embora seja fundamental para garantir a durabilidade das estruturas, a impermeabilização ainda é cercada de muitas dúvidas. Há quem questione, por exemplo, a real necessidade de realizar um projeto de impermeabilização. Há, também, quem pense que, em banheiros, só a área do boxe merece proteção. A seguir você pode conferir esclarecimentos sobre alguns mitos que envolvem a impermeabilização. Não perca:

1) Não precisa fazer projeto de impermeabilização. Basta aplicar o produto conforme orientações do fabricante. MITO

A impermeabilização de edificações é composta por um conjunto de camadas, cada qual com funções específicas e que devem ser adequadamente dimensionadas e planejadas. A realização de um projeto de impermeabilização, nos moldes do exigido pela ABNT NBR 9575: Elaboração de Projetos de Impermeabilização, é determinante para garantir a eficiência desejada com a melhor relação custo-benefício.

“Negligenciar o projeto é um dos erros mais graves. Afinal, tudo deve começar por esse estudo, que tem por objetivo detalhar os produtos a serem utilizados, indicar as áreas que precisam de tratamento, bem como as demais especificações e detalhes construtivos”, diz José Miguel Morgado, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI). Segundo Morgado, um bom projeto de impermeabilização é importante, também, para evitar problemas de compatibilidade com outros tipos de instalações (elétrica, hidráulica, dados etc.) e que são causas frequentes de infiltrações e vazamentos.

2) Uma vez realizada a impermeabilização, não é preciso se preocupar nunca mais com a umidade. Impermeabilização não precisa de recomposição. MITO

Esse é outro engano. Não há nada em uma edificação que dispense inspeções periódicas. Com a impermeabilização não é diferente. A vida útil dessa proteção depende diretamente do grau de exposição do impermeabilizante e da movimentação à qual a estrutura está sujeita.

“Hoje temos os conceitos de vida útil de projeto (VUP) e o de vida útil de referência (VUR), que estabelecem uma expectativa de vida útil a cada tipo de impermeabilização”, explica o engenheiro e consultor Marcos Storte. Ele lembra que, na maioria dos casos, a impermeabilização está sob uma proteção mecânica e revestimento. Por isso mesmo, só se faz uma intervenção de reparo em caso de danos, desde que o sistema impermeabilizante permita.

3) Em banheiros, é preciso impermeabilizar também as paredes, não apenas o espaço do box. VERDADE

“Todas as estruturas que venham a ter contato com água, seja na forma líquida ou como vapor, de forma contínua ou esporádica, devem ser impermeabilizadas. Isso se aplica também às paredes dos banheiros”, diz Morgado.

Em banheiros tratados com membranas asfálticas, por exemplo, a recomendação é aplicar o produto nas paredes até uma altura de 1,5 m do chão. O piso também deve ser totalmente coberto com o impermeabilizante.

4) Os produtos impermeabilizantes são todos iguais. MITO

A indústria química voltada à construção civil é uma das que mais desenvolve novos produtos. Hoje há diferentes tecnologias capazes de formar uma barreira física para conter a propagação da umidade e evitar infiltrações. A definição da solução mais adequada depende de uma série de fatores, como movimentação estrutural, exposição aos fenômenos climáticos, tráfego de veículos e pessoas e exposição a agentes químicos. “Não há um produto melhor do que outro. O que existem são produtos mais adequados para certos tipos e condições às quais as estruturas são submetidas”, resume Morgado.

5) O preparo da superfície antes de receber um sistema de impermeabilização é vital para o sucesso do serviço. VERDADE

O rigor no preparo do substrato é um ponto fundamental para o êxito da fase executiva da impermeabilização. De pouco adianta dispor de uma gama de materiais com alto desempenho aplicados em uma superfície totalmente irregular e inadequada.

6) Impermeabilização só serve para encarecer a obra. MITO

Na verdade, a impermeabilização, quando devidamente projetada e executada, proporciona economia. “O custo estimado de uma impermeabilização em um prédio residencial é de 1 a 2% do custo total da obra. É um investimento bastante baixo, considerando-se a redução de problemas proporcionada”, comenta Storte. Não custa citar que uma série de manifestações patológicas pode decorrer da falta ou da má execução de impermeabilização. Entre as mais usuais, é possível citar: infiltrações por capilaridade ascendente, que causam bolor em rodapés e pisos, eflorescência, carbonatação, corrosão das armaduras, infiltrações, trincas, fissuras e descolamento de revestimentos.

Via AECweb