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Dirigentes dos sindicatos empresariais da indústria da construção desencadearam ações nos Estados para fortalecer as medidas rotineiras de segurança e saúde do trabalhador, acrescentando as iniciativas e ferramentas necessárias para proteger a mão de obra do contágio pelo coronavírus (Covid-19). O setor, cuja atividade tem sido mantida para evitar uma deterioração maior da economia, está mobilizado para o esclarecimento e cuidado preventivo nos canteiros de obra: entre as novas medidas adotadas pelas empresas Brasil afora estão a medição diária da temperatura do funcionário, nova rotina de higienização dos ambientes, distribuição de kits de higiene pessoal para o trabalhador e sua família, a redivisão dos turnos de trabalho e reorganização de refeitórios e demais ambientes para evitar aglomerações.

Esse é o cenário revelado por associados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em reunião virtual realizada terça (24) para o acompanhamento dos desdobramentos da pandemia no setor. “Há uma grande mobilização e conscientização das nossas entidades e empresários para fazer o melhor esforço possível nesse período. Nossa principal preocupação é dar ao trabalhador a segurança necessária para atravessarmos esse momento”, afirma José Carlos Martins, presidente da CBIC.

Essencial para o desempenho positivo da economia e segundo maior empregador no país, a construção civil não vai parar. Entidade nacional do setor, a CBIC tem atuado para articular soluções que evitem o desemprego em um ambiente de maior incerteza como o criado pela pandemia – a construção civil tem hoje 2 milhões de trabalhadores com carteira assinada e gera mais 4 milhões de empregos indiretos.

Durante a reunião, Martins ouviu o relato dos associados sobre as atividades em cada Estado e informou sobre iniciativas em articulação pela CBIC para apoiar construtoras e incorporadoras. A entidade colocou no ar um novo canal de comunicação, vinculado ao seu site na internet. Denominado ‘Como a CBIC pode te ajudar hoje?’, o hotsite recebe dúvidas e outras demandas relacionadas à pandemia e responderá com orientações sobre como proceder. “Queremos ajudar toda a cadeia produtiva da construção neste momento difícil”, frisa Martins.

Vice-presidente da área de Responsabilidade Social da CBIC, Ana Claudia Gomes, informou aos associados da entidade ações que estão sendo desenvolvidas e negociadas no âmbito dos Serviços Sociais da Indústria da Construção Civil (Seconcis) de todo o país para dar mais segurança e informação aos empresários e trabalhadores do setor:

• Disponibilização de equipe médica remota para atender e orientar os trabalhadores por meio de telemedicina;
• Produção e distribuição de informações para prevenção em sites e redes sociais;
• Criação de uma linha para atendimento, em parceria com uma grande operadora de telefonia;
• Possibilidade de testagem pela equipe médica para agilizar eventuais diagnósticos;
• Realização de uma campanha do setor da construção de apoio à proteção dos profissionais de saúde para arrecadar equipamentos para os hospitais de referência.

Vice-presidente da área de Relações Trabalhistas da CBIC, Fernando Guedes Ferreira Filho, destacou o conhecimento que a CBIC tem produzido e disponibilizado para seus associados para o enfrentamento do coronavírus. A entidade analisou e esclareceu a Medida Provisória 927/2020, que dispõe sobre medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6/2020 e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19). E também compilou recomendações para o ambiente de trabalho na indústria da construção.

Via CBIC