Em cinco anos, canteiros de obras reduzem em 55% o número de acidentes
Erguer edifícios, armar pontes ou pavimentar rodovias são atividades importantes social e economicamente para um país e exigem cuidados específicos com os profissionais que nelas atuam. Felizmente, o Brasil reduziu em 55% o número de acidentes laborais nos canteiros de obras entre 2012 e 2017, economizou R$ 31 milhões em procedimentos hospitalares na rede pública em 2017 e a indústria da construção tem perspectivas para avançar no fomento da qualidade de vida do trabalhador e na produtividade das empresas. Combate à informalidade, tecnologia e educação são aliados neste esforço.
Os dados são do livro Segurança e Saúde na Indústria da Construção – Prevenção e Inovação. Seus autores são consultores especializados em diferentes temas relacionados ao bem-estar do trabalhador da construção, que abordam em seus artigos pesquisas, estudos de caso, métodos diferenciados, soluções e propostas inovadoras, além de informações relativas à gestão de saúde e segurança do trabalho (SST) bem como exigências legais em vigor.
A publicação é uma realização da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em correalização com o Sesi Nacional e traz para as empresas e profissionais, que se envolvem com a prevenção na indústria da construção, orientações sobre aspectos relevantes a serem considerados durante o trabalho neste segmento.
O livro explica que, além de produzir um efeito positivo na produtividade dos trabalhadores, os programas de saúde e segurança do trabalhador também colaboram com outros efeitos positivos, como a redução de custos com a perda de materiais, a atração e a retenção de colaboradores, e a melhoria da imagem institucional da empresa.
Os artigos apresentam ainda ações relevantes que devem ser implementadas, sendo indicada como principal medida a qualificação da mão de obra por parte das empresas. A conclusão é de que quanto menos anos de educação formal, quanto menos capacitado para a atividade for o trabalhador, maior é o risco de ocorrência de eventos acidentários.
Redução e impacto
Em 2017 foram registrados 549.405 acidentes de trabalho no Brasil. O setor da construção responde por pouco mais de 4,67% deste total, ou 25.647 casos de acidentes de trabalho – número 55,32 % inferior ao de 2012.
Quando se considera que o custo médio para o Sistema Único de Saúde (SUS) por procedimento hospitalar no caso de acidentes no local de trabalho ou a serviço da empresa em 2016 foi de R$ 980,51, a economia decorrente da redução do número de ocorrências observadas em 2012 (57.402 ocorrências) para o total observado em 2017, tem-se, uma economia para o SUS que supera a marca dos R$ 31,13 milhões, mesmo sem contar os custos com atendimentos ambulatoriais.
As informações são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)