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A importância da saúde para a competitividade das organizações

A saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores da indústria são desafios de importância fundamental para a competitividade, produtividade e sustentabilidade das empresas.

O uso intensivo de novas tecnologias e a maior competição entre as empresas exigem que os profissionais tenham o máximo desempenho no trabalho. Porém, muitas empresas esquecem que uma força de trabalho saudável e motivada é fator que faz toda a diferença numa organização, pois estes trabalhadores produzem mais, faltam menos ao trabalho, sofrem menos acidentes e têm menos doenças graves. Um indivíduo precisa ter bem-estar para realizar suas tarefas, contribuir com o grupo e com os negócios.

Estudos internacionais que analisam o absenteísmo (faltas ao trabalho), o presenteísmo (estar presente no trabalho, mas não ser produtivo), custos com assistência médica, acidentes no trabalho e aposentadorias precoces por problemas ocupacionais mostram que as intervenções no ambiente de trabalho são eficazes e melhoram todos esses indicadores.

Os fatores de risco para doenças crônicas, como obesidade, sedentarismo, tabagismo, maus hábitos alimentares e estresse têm uma relação direta com a produtividade. As empresas têm enfrentado sérios problemas com o aumento dos custos de assistência médica. No Brasil, a sinistralidade (despesas médicas, hospitalares e laboratoriais) tem aumentado sistematicamente acima da inflação. A indústria chega a desembolsar R$ 7,5 bilhões por ano para bancar serviços de saúde, previdência e assistência aos funcionários. O custo desses serviços, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), eleva em 0,96% os preços do setor, prejudicando tanto o consumidor quanto o produto brasileiro, que perde espaço para a concorrência internacional.

Recente pesquisa do SESI analisou o estilo de vida e hábitos de lazer dos trabalhadores das indústrias brasileiras. Este levantamento envolveu 2.775 empresas e 47.886 trabalhadores. A análise mostrou um consumo elevado do álcool (33%), a falta de atividade física no lazer (45,4%), o excesso de peso corporal (40,5%) e a falta de consumo adequado de frutas e hortaliças (60%).

As pessoas estão trabalhando cada vez mais e a maioria dos trabalhadores relata ter algum nível de estresse, o que leva ao aumento no número de acidentes, ao adoecimento e à perda da produtividade. O estresse também pode afetar seriamente a produtividade das pessoas nas empresas. Estes resultados corroboram que abordar questões relacionadas ao estilo de vida é estratégico para o setor produtivo, para manter a produtividade e a saúde dos trabalhadores e preservar a competitividade no cenário internacional.

Além disso, no Brasil, há o impacto tributário e previdenciário decorrente da cobrança do RAT (riscos ambientais do trabalho) aplicando alíquotas sobre a folha de pagamento das empresas que podem sofrer acréscimos de até 100% (FAT- fator acidentário de prevenção) de acordo com o número de afastamentos por licença médica. Neste contexto, é fundamental a correta gestão do absenteísmo na empresa buscando ações preventivas e corretivas e, com isso, evitar novos aumentos nos custos em recursos humanos.

Em todo o mundo, é perceptível a necessidade do envolvimento de todas as áreas de influência na empresa para buscar promover a saúde e a qualidade de vida do trabalhador. Há a necessidade de ações integradas e sinérgicas das áreas de saúde e segurança no trabalho, qualidade de vida, responsabilidade social, sustentabilidade, recursos humanos, comunicação e os prestadores de serviços, como planos de saúde, corretoras, consultorias e fornecedores. Assim, o setor industrial brasileiro tem buscado fazer a sua parte através de programas, campanhas e iniciativas em várias áreas.

Fonte: FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo